sexta-feira, setembro 22, 2006

Provocações Pt. II - Musicalidade Adversa

Antes de começar o post propriamente dito, só fazer a devida publicidade à nova coluna do God is a Margalho, “Você Decide!”. Exactamente, vocês, e falo numas 9 ou 10 pessoas, irão decidir qual será um dos temas abordados no blog! Aos outros que infelizmente cá passam sem deixar a sua marca não tenham medo, para votar não é preciso deixar nome, morada, mail, número de telemóvel, se usam cuecas ou boxers, tanga ou fio dental… Basta votar e pronto! Não há que ter receio de o fazer… Penso até que seja possível votar mais que uma vez, por isso votem desventuradamente!

(…)

Sendo a música um dos principais aspectos que molda a personalidade humana, achei que seria bastante provocatório pegar num assunto susceptível de uma calorosa discussão, gostos musicais e estilos de música.
Dentro de cada pessoa manifesta-se um vulto de musicalidade expressa de várias maneiras! Seja no modo como nos vestimos, seja tocando um simples instrumento ou ouvindo atentamente um certo tipo de som, o ser humano vê-se na música como que num casulo camuflado nas infinidades de uma floresta, longe de uma sociedade por vezes apodrecida.
É a música que muitas das vezes nos desliga do mundo exterior, nos suscita certas emoções, trazem-nos dolorosas ou graciosas recordações e nos provoca um misto de orgulho e devoção!

É depois desta pequena introdução que seguidamente me irei debruçar sobre o mais controverso e “inapreciável” estilo musical… Não! Errado! Não irei falar sobre aquela música popular portuguesa, o pimba, mas daquele estilo ruidoso, alvo de muitas críticas e dificilmente bem recebido pela comunidade, o Metal.

O Metal neste momento é o estilo com que me identifico mais, não que me ache metaleiro, pois dentro do meu cosmos musical existem muitas outras bandas e conceitos que me fazem não pertencer a tal, mas porque na generalidade é aquilo que ouço com mais frequência… e como é óbvio também não é por andar regularmente com uma t-shirt preta e uma pulseira preenchida com a mesma tonalidade que sou metaleiro, gótico ou “o pessoal” do metal como alguma da agremiação valecambrense me costuma alcunhar!

Confesso que há alguns anos atrás também eu não simpatizava com esse tipo de som, levado a crer, como muita gente pensa hoje, que metal só é bonito com a aparelhagem desligada, ou dentro do caixote do lixo mais próximo! Depressa percebi e depois de me serem apresentadas algumas bandas dentro do género que tinha uma opinião bastante desfigurada em relação ao estilo, pois por detrás daqueles gritos e berros outrora inaudíveis escondia-se um trabalho de execução musical de elevado nível, maior até que em muitas outras concepções musicais. De repente vejo-me com cds de Dimmu Borgir e Moonspell na mão, a ouvir os álbuns mais antigos de Paradise Lost do meu irmão, a vasculhar cassetes pertencentes ao mesmo, e pesquisar tudo o que fosse referente ao metal em geral!

Seja numa linha mais progressiva, numa componente mais negra, ou num simples hardcore, o metal está sempre bem patente nas várias bandas que ouço diariamente!
Deste modo, irei dar a minha respeitosa opinião sobre como é encarado o metal nos dias que correm! Opinião essa já manifestada, e talvez venha a ser muito semelhante àquela que proferi num blog vizinho Amarilis-Coisas, aquando o seu post sobre as tribos urbanas.
Por falar em tribos urbanas e começando até por aí! Esse foi o tema escolhido numa das edições, já há uns tempos atrás, do célebre programa de humor da dois, a revolta dos pastéis de nata. Revolta essa em que o mundo do metal foi novamente menosprezado e catalogado indirectamente como o pior grupo social em que insere actualmente a juventude. Muito por culpa da história que esse estilo musical ganhou nos seus primórdios, sendo caracterizado por muitos, um estilo invariavelmente agressivo e que apela à violência! Isto, dito por aqueles que se rogam a outras pragas musicais!

Nessa mesma revolta houve um sketch em que o carismático apresentador, Luís Filipe Borges o anunciou da seguinte forma: “Vamos agora ver um vídeo em que três amigos da margem sul se juntam para “fazer não sei o que”… (peço desculpa mas já não me lembro muito bem)

Digo sinceramente que quando ouvi o nome do local pensei para mim: “Eh pah, agora aparecem três tipos de raça negra a gamar o pessoal!”. O chamado grupo da revolução das ruas, o grupo do rap, do hip hop genuíno! E isto não é racismo, são dados estatísticos meus amigos… Penso que seja do conhecimento de todos que, em Lisboa a maior parte da criminalidade é realizada por indivíduos de raça negra e alguns arbítros de futebol da região! Por isso não venham cá com histórias se por momentos pareceu um comentário racial! Mas não, o vídeo mostrava, três indivíduos vestidos de preto (vá lá não errei por muito), bêbados, armados em mauzões, a verbalizar mal as palavras e a partir tudo e todos… Os apreciadores do metal! Foi isso que aconteceu nesse sketch!

Esta é infelizmente a imagem que a nossa sociedade têm da tribo que ouve metal! Imagem essa que o próprio estilo albergou há uns bons anos atrás! Mas já como dizia alguém que eu desconheço, os tempos mudam, e hoje em dia as coisas já não funcionam da mesma maneira… Existe muito civismo por parte da muita malta que ouve esse tipo de som! É óbvio que ainda existem aqueles que gostam de levar à letra a agressividade que muitas das bandas do género reflectem para o seu ouvinte, aqueles que parecem que necessitam da afirmação invariável do seu estilo, que careçam do reconhecimento dos outros! Ainda há dias, nas festas da minha terra, durante a passagem da procissão das velas, assisti aquilo que se pode chamar, o mau exemplo comportamental de um ouvinte de metal! Um rapaz pouco mais novo que eu, posicionado a poucos metros de mim, enquanto passava a descrita procissão estava a cantar parte de uma música de Slipknot… E estes momentos enfastiam-me, estes são aqueles que necessitam de andar com um rótulo colado à testa a dizer, “EU OUÇO METAL, NÃO SE METAM COMIGO”! Claro que no momento não pude deixar de brincar com a situação! Pena é as pessoas que estão fora desse mundo só olharem àquilo que se faz de mal neste espectro musical!

Concerteza existem bandas que mesmo que o Benfica fosse campeão eu era incapaz de ouvi-las! Mas isso existe em todos os estilos de música, tanto há bom som dentro de um género como há mau, até mesmo no pimba… Por muito que me custe admitir Tony Carreira é bom pimba! (aí que dói tanto dizer isto) Temos que saber reconhecer a arte que existe dentro de cada género! Talvez para muito do ouvinte comum, metal são uns gajos a berrar e pronto… acabou é merda e ponto final! Como já disse existe imensa qualidade de execução em muitas das músicas desse género, mais do que outros estilos musicais! Mas não, aquilo é só barulho, é novamente merda e ponto final! É desta forma que as pessoas fora desse movimento vêm esse “controverso e “inapreciável” estilo de música”! Barulho!
Agora é a velha questão, “Mas as pessoas que ouvem metal é que tem por norma maltratar os outros géneros de som!”. Para isso só há uma resposta possível: Deixem-se de criancices e comecemos a ser adultos de uma vez por todas! Quando brincamos, brincamos, quando estamos a falar a sério, estamos a falar a sério! Ok?

No meio disto tudo estou tranquilo acerca dos meus ideais! Como diz o meu grande amigo Fábio, estamos sentados numa poltrona a ver o resto do mundo passar… isto porque ouvimos Dream Theater, ou até mesmo Liquid Tension Experiment, e para aqueles que são minimamente entendedores de música, dispensando claramente apreciadores imutáveis da orbe tecno, porque esses criam música apartir dum sintetizador, saberão do que é que eu estou a falar! E isto não é narcisismo, e também não estou para aqui a dizer que os meus gostos musicais são os melhores do mundo, os melhores possíveis e imaginários, muito longe disso… Mas se a comentários como por exemplo, “Meshuggah é uma merda!”, eu até dou certo benefício da dúvida por ser um som de difícil encaixe, a coisas como “Dream Theater não vale nada!”, só demonstram uma ignorância musical de grau superior!

Depois deste pequeno arejo, queria anunciar aqui em primeira mão a descoberta de um novo estilo de música. Como podem constatar através deste site, Plateia.pt, existem os habituais géneros, clássica, jazz, ópera, pop/rock… e agora existe também o D’ZRTTchrã!!! D’ZRT agora também é um estilo de música meus amigos! Já estou a imaginar aqueles jovens a iniciar as suas vidas amadoras numa garagem… “Ei Rocha! Bora fazer uma banda?… Tocamos D’ZRT Progressivo!” Enfim, depois querem que eu me cale!

Para finalizar gostava de apelar à compra do Jornal A Voz de Cambra, isto para os leitores valecambrenses, pois a edição deste mês possui uma entrevista à banda do meu irmão e também da terra, os Looney Tones que por acaso, até têm um som bastante original fugindo a rótulos já existentes no universo da música! Se o quiserem comprovar deixo aqui o link, pois eu sei que custa clicar ali ao lado!Looney Tones


Saudações… E calem-me a vizinha do 2ºesquerdo que canta mal que se farta!

P.S: 10 de Dezembro estarei presente, possivelmente, no concerto de Opeth no Hardclub. Alguém da minha terra conhece Opeth!?

sexta-feira, setembro 15, 2006

Provocações Pt. I – Tertúlias Dispares

Num período em que a escassez de temas torna-se dominante nas minhas hostes, continuarei apostar, mesmo que mal, em questões mais intrínsecas ao blog e nomeadamente a quem o comanda. Só mesmo para dizer que actualizo esta porcaria desgraçando as mentes daqueles que cá passam e por ventura têm o infortúnio de ler o texto apresentado.

Mas antes de iniciar novo atentado à vossa, e talvez minha integridade psicológica, queria deixar uma pequena nota ao reparo efectuado na coluna decorativa apresentada à direita de quem cá entra! Este encontra-se renovado, tanto no que toca à adição de novos links, como também nos títulos de cada secção! È de salientar a actualização da coluna Rational Gaze Ideology que, depois de muito criticada exteriormente possui neste momento poderosíssimo vídeo. Vídeo esse em homenagem àqueles que anteriormente discordavam das minhas opções musicais. Espero que agora a minha nova escolha seja do vosso inteiro agrado. Pena este não tomar a liberdade de se iniciar de uma forma automática, desta feita aconselho vivamente a darem uma olhadela à cançoneta adicionada. Mas não se preocupem, ainda tentarei solucionar esse problema, para assim facilitar a vinda do leitor a umas das minhas moradas cibernéticas. Não tomem esta minha atitude como uma provocação, pois penso que esta é a música certa para estar ao nível do Blog, ao colocar as bandas anteriores, estava sim, a denegrir o seu som…assim sendo, este é o caminho íntegro para levar a mesma divisão avante!

Como vêem sempre pronto arranjar novos artifícios para de uma forma ou doutra tentar agradar os visitantes incondicionais da minha página de caluniar conteúdos inúteis! E por falar em visitantes assíduos, nada como dar uma salva à Diana e ao Ricardo Rocha pelo o acto de coragem que demonstraram ao comentar aquele que foi o texto mais lamentável que alguma vez cá escrevi. O que também não deixa de ser uma alegria para mim, pois foi um texto que veio ao encontro daquilo que previamente delineie para este espaço… escrever muito e não falar em nada. Enquanto em narrações anteriores poderíamos retirar uma ou duas frases para reflexão futura, na “A Dolorosa Actualização” essa tarefa é mais complicada que o Benfica conseguir jogar futebol dignamente.

Mas foram sem dúvida dois clamores sardónicos de risco, pois como eles próprios já devem ter constatado as suas vidas nunca mais foram as mesmas; senão vejamos:

O Rocha apartir do momento em que comentou esse texto começou a ter dificuldades em sair de casa, atingindo até o estatuto de anti-social. Como se não bastasse, descobriu que não possui “personalidade jurídica” (numa vertente mais à gato fedorento), divagando desventuradamente noutras na tentativa se encontrar na vida, mais ou menos o que faz hoje em dia um deputado menor na sua vida política… até se encontrar já percorreu todos os partidos, incluindo a extrema direita… A extrema direita é um partido?!?! Para rematar esta fase problemática de tão jovem rapaz, este começou a ter dificuldades em dialogar amigavelmente com o sexo oposto, levando-o assim a quebras emocionais e conflitos verbais pós quebras. Por sua vez, a Diana descobriu a sua verdadeira vocação, escrever poemas. Para quem pensar que não é um transtorno, estão redondamente enganos, ser poeta ou poetizar, mesmo que seja em facetas amadoras, é ser-se um sofredor… ou um simples sonhador. E digo isto por experiência própria, pois às vezes também visto a pele de um poeta alucinado, mas no meu caso um pensador sem arte! O que é mau, tanto para mim como para a Diana, mais para ela do que para mim, pois já não pego no meu “mundo” lírico à algum tempo. É uma vida cruel, pois ela irá acabar os seus dias a fumar ópio, e por vezes dançando alcoolizada ao ritmo dos “Pobres dos Ricos”… Outra coisa que certamente apoquenta esta jovem da capital é o facto de ultimamente ter-lhe começado aparecer gente que se esconde ou não se quer mostrar na sua zona de comentários. Não é muito agradável fazer isso, mas também não deixa de ser legítimo fazê-lo!

Coincidências das coincidências, não que a pessoa tenha sido a mesma, mas por também eu ter sido presenteado há dias com outro comentário anónimo, outro porque já levo dois! Comentário esse feito ao texto sobre a comunidade avecquiana. Este bem mais hostil que o primeiro que recebera há uns meses atrás, da qual ainda me inquieta o seu anonimato. Mas voltando ao mais recente, este merece selo de resposta, de uma forma cívica, tal como tem sido habitual quando me levo a tais necessidades. E sabendo o que essas pessoas querem é festa… eu dou-lhes alguma música! Se calhar vou dar demasiada importância a algo que não merece o seu destaque! Enfim…

Clamor Sardónico do Povo:

“Anonymous tagarelou da subsequente forma...

Senhores Racistas!
Ouvi foces todos comparar "avecs" com animais ( o fdp pedro almeida por exemplo)!
Voces se dizem isso assim de nos na internet , num blog, seriam capazes de falar asim dos pretos o dos arabes por exemplo ????Pois nao poque isso é racismo e teu blog de M..... ja seria fechado!
Dizer isso num blog é muito facil? andem ca dizer nos isso tudo de frente a frente.

Setembro 08, 2006 6:44 PM

Resposta Minimamente Civilizada:

"Começando com um contido “Lol”, venho dizer uma de muitas coisas. Primeiro espero afincadamente que, a sigla “fdp” utilizada para caracterizar o controverso e meu amigo, Pedro Almeida signifique “Fiel Dissertador Profissional”, algo que talvez um dia ambiciones ser, mas aviso-te desde já que não é profissão que se deva levar muito a sério. Segundo, o classificares o meu Blog como um “Blog de M….”. É assim, não me estás dar novidade nenhuma, pois antes de iniciar a minha vida de Blogueiro consultei a Maya, e ela alertou-me para esse facto… mas depois também falei com os meus colegas e eles disseram-me: “Mas oh Leandro a Maya é uma mentirosa…” De tal forma que ainda continuo por cá! Mas agradeço o reparo manifestado!
Depois vem a parte que gostei mais, o da provocação, o do frente a frente, a fazer lembrar um audaz carroceiro… “diz-me isso tudo frente a frente!”. Existem quatro razões dignas para não o fazer:

- Não decorei o texto;
- Fui educado a não arranjar conflitos de extrema ordem;
- Sou um rapaz débil fisicamente e tenho medo de levar o chamado “tau tau” na cabeça :(
- E para te dizer isso frente a frente teria de saber quem foi a mente brilhante que elaborou robusto comentário, coisa que por parte de quem escreveu não houve coragem para tal;

Sem mais nada acrescentar, Obrigado pelo o seu comentário!"


Resposta à Carroceiro:

"Volta mazé po teu país!!!"


Antes de deixar concluída esta acção provocatória, queria agradecer a um “Uaralho” qualquer que, teve a infelicidade de encontrar a minha página numa pesquisa avançada (deve ter sido bastante avançada mesmo) no texto “Idealismos Sonoros”… considerado por muitos o texto xlibris do blog! Queria também prevenir a pessoa que fez um comentário ao texto anterior, E.O.2, que tal como os outros dois indivíduos acima referenciados, a sua vida vai deixar de ser a mesma!


Por último, fazer um pequeno comentário a uma semana festiva que se proporcionou em Setembro, concretamente nas Festas da Nossa Senhora da Natividade, padroeira da minha vila e S.Paio da Torreira!
Duas festas completamente diferentes, dando preferência e por muito que possa parecer estranho, à festa de semblante mais tradicional, logo às festas da minha terra! Talvez por ser isso mesmo, ser a minha terra, talvez porque só passei uma noite na Torreira ou talvez porque constatei que festas harmoniosas realizadas em praias, não são o meu cliché! Multidões infinitas de pessoas a dançarem em extensões de bares num piso arenoso, concerteza não me agrada muito… e chegar lá no intuito de conviver com pessoas conhecidas de Vale de Cambra e esses mesmos apresentarem-se alcoolicamente alterados, também não é bom, pois estava bastante sóbrio, e de uma certa forma senti-me desigual no meio daquele mundo à parte que, dificilmente me insiro! Será que peco por ser como sou? Não… Esperava era mais de uma festa que num ponto ou outro se revelou desonrosa! No entanto, valeu a companhia de várias festividades passadas, uma garrafa de vinho frisante, e a limpeza de uma cozinha sem a marca de gratificação!

Em macieira as coisas foram bem diferentes, jogava em casa e se em festas de tonalidades degradantes não me divirto, existe sempre o refúgio em casas amigas para um convivo alimentar diversificado, regada com a bebida loira fetiche e apadrinhada com sonoridades bem mais atractivas dentro daquilo que eu chamo de música! Uma nota para o dia maior da festa, dia 8, em que para além do referido convívio associei-me a gente mais nova, conseguindo desse modo passar uma boa noite de entretenimento!

Não referir a invasão a uma propriedade privada às 7 da manhã da qual eu não participei, pois é totalmente desnecessário! Eu sou civilizado e não sou racista!

Saudações