Provocações Pt. II - Musicalidade Adversa
Antes de começar o post propriamente dito, só fazer a devida publicidade à nova coluna do God is a Margalho, “Você Decide!”. Exactamente, vocês, e falo numas 9 ou 10 pessoas, irão decidir qual será um dos temas abordados no blog! Aos outros que infelizmente cá passam sem deixar a sua marca não tenham medo, para votar não é preciso deixar nome, morada, mail, número de telemóvel, se usam cuecas ou boxers, tanga ou fio dental… Basta votar e pronto! Não há que ter receio de o fazer… Penso até que seja possível votar mais que uma vez, por isso votem desventuradamente!
(…)
Sendo a música um dos principais aspectos que molda a personalidade humana, achei que seria bastante provocatório pegar num assunto susceptível de uma calorosa discussão, gostos musicais e estilos de música.
Dentro de cada pessoa manifesta-se um vulto de musicalidade expressa de várias maneiras! Seja no modo como nos vestimos, seja tocando um simples instrumento ou ouvindo atentamente um certo tipo de som, o ser humano vê-se na música como que num casulo camuflado nas infinidades de uma floresta, longe de uma sociedade por vezes apodrecida.
É a música que muitas das vezes nos desliga do mundo exterior, nos suscita certas emoções, trazem-nos dolorosas ou graciosas recordações e nos provoca um misto de orgulho e devoção!
É depois desta pequena introdução que seguidamente me irei debruçar sobre o mais controverso e “inapreciável” estilo musical… Não! Errado! Não irei falar sobre aquela música popular portuguesa, o pimba, mas daquele estilo ruidoso, alvo de muitas críticas e dificilmente bem recebido pela comunidade, o Metal.
O Metal neste momento é o estilo com que me identifico mais, não que me ache metaleiro, pois dentro do meu cosmos musical existem muitas outras bandas e conceitos que me fazem não pertencer a tal, mas porque na generalidade é aquilo que ouço com mais frequência… e como é óbvio também não é por andar regularmente com uma t-shirt preta e uma pulseira preenchida com a mesma tonalidade que sou metaleiro, gótico ou “o pessoal” do metal como alguma da agremiação valecambrense me costuma alcunhar!
Confesso que há alguns anos atrás também eu não simpatizava com esse tipo de som, levado a crer, como muita gente pensa hoje, que metal só é bonito com a aparelhagem desligada, ou dentro do caixote do lixo mais próximo! Depressa percebi e depois de me serem apresentadas algumas bandas dentro do género que tinha uma opinião bastante desfigurada em relação ao estilo, pois por detrás daqueles gritos e berros outrora inaudíveis escondia-se um trabalho de execução musical de elevado nível, maior até que em muitas outras concepções musicais. De repente vejo-me com cds de Dimmu Borgir e Moonspell na mão, a ouvir os álbuns mais antigos de Paradise Lost do meu irmão, a vasculhar cassetes pertencentes ao mesmo, e pesquisar tudo o que fosse referente ao metal em geral!
Seja numa linha mais progressiva, numa componente mais negra, ou num simples hardcore, o metal está sempre bem patente nas várias bandas que ouço diariamente!
Deste modo, irei dar a minha respeitosa opinião sobre como é encarado o metal nos dias que correm! Opinião essa já manifestada, e talvez venha a ser muito semelhante àquela que proferi num blog vizinho Amarilis-Coisas, aquando o seu post sobre as tribos urbanas.
Por falar em tribos urbanas e começando até por aí! Esse foi o tema escolhido numa das edições, já há uns tempos atrás, do célebre programa de humor da dois, a revolta dos pastéis de nata. Revolta essa em que o mundo do metal foi novamente menosprezado e catalogado indirectamente como o pior grupo social em que insere actualmente a juventude. Muito por culpa da história que esse estilo musical ganhou nos seus primórdios, sendo caracterizado por muitos, um estilo invariavelmente agressivo e que apela à violência! Isto, dito por aqueles que se rogam a outras pragas musicais!
Nessa mesma revolta houve um sketch em que o carismático apresentador, Luís Filipe Borges o anunciou da seguinte forma: “Vamos agora ver um vídeo em que três amigos da margem sul se juntam para “fazer não sei o que”… (peço desculpa mas já não me lembro muito bem)
Digo sinceramente que quando ouvi o nome do local pensei para mim: “Eh pah, agora aparecem três tipos de raça negra a gamar o pessoal!”. O chamado grupo da revolução das ruas, o grupo do rap, do hip hop genuíno! E isto não é racismo, são dados estatísticos meus amigos… Penso que seja do conhecimento de todos que, em Lisboa a maior parte da criminalidade é realizada por indivíduos de raça negra e alguns arbítros de futebol da região! Por isso não venham cá com histórias se por momentos pareceu um comentário racial! Mas não, o vídeo mostrava, três indivíduos vestidos de preto (vá lá não errei por muito), bêbados, armados em mauzões, a verbalizar mal as palavras e a partir tudo e todos… Os apreciadores do metal! Foi isso que aconteceu nesse sketch!
Esta é infelizmente a imagem que a nossa sociedade têm da tribo que ouve metal! Imagem essa que o próprio estilo albergou há uns bons anos atrás! Mas já como dizia alguém que eu desconheço, os tempos mudam, e hoje em dia as coisas já não funcionam da mesma maneira… Existe muito civismo por parte da muita malta que ouve esse tipo de som! É óbvio que ainda existem aqueles que gostam de levar à letra a agressividade que muitas das bandas do género reflectem para o seu ouvinte, aqueles que parecem que necessitam da afirmação invariável do seu estilo, que careçam do reconhecimento dos outros! Ainda há dias, nas festas da minha terra, durante a passagem da procissão das velas, assisti aquilo que se pode chamar, o mau exemplo comportamental de um ouvinte de metal! Um rapaz pouco mais novo que eu, posicionado a poucos metros de mim, enquanto passava a descrita procissão estava a cantar parte de uma música de Slipknot… E estes momentos enfastiam-me, estes são aqueles que necessitam de andar com um rótulo colado à testa a dizer, “EU OUÇO METAL, NÃO SE METAM COMIGO”! Claro que no momento não pude deixar de brincar com a situação! Pena é as pessoas que estão fora desse mundo só olharem àquilo que se faz de mal neste espectro musical!
Concerteza existem bandas que mesmo que o Benfica fosse campeão eu era incapaz de ouvi-las! Mas isso existe em todos os estilos de música, tanto há bom som dentro de um género como há mau, até mesmo no pimba… Por muito que me custe admitir Tony Carreira é bom pimba! (aí que dói tanto dizer isto) Temos que saber reconhecer a arte que existe dentro de cada género! Talvez para muito do ouvinte comum, metal são uns gajos a berrar e pronto… acabou é merda e ponto final! Como já disse existe imensa qualidade de execução em muitas das músicas desse género, mais do que outros estilos musicais! Mas não, aquilo é só barulho, é novamente merda e ponto final! É desta forma que as pessoas fora desse movimento vêm esse “controverso e “inapreciável” estilo de música”! Barulho!
Agora é a velha questão, “Mas as pessoas que ouvem metal é que tem por norma maltratar os outros géneros de som!”. Para isso só há uma resposta possível: Deixem-se de criancices e comecemos a ser adultos de uma vez por todas! Quando brincamos, brincamos, quando estamos a falar a sério, estamos a falar a sério! Ok?
No meio disto tudo estou tranquilo acerca dos meus ideais! Como diz o meu grande amigo Fábio, estamos sentados numa poltrona a ver o resto do mundo passar… isto porque ouvimos Dream Theater, ou até mesmo Liquid Tension Experiment, e para aqueles que são minimamente entendedores de música, dispensando claramente apreciadores imutáveis da orbe tecno, porque esses criam música apartir dum sintetizador, saberão do que é que eu estou a falar! E isto não é narcisismo, e também não estou para aqui a dizer que os meus gostos musicais são os melhores do mundo, os melhores possíveis e imaginários, muito longe disso… Mas se a comentários como por exemplo, “Meshuggah é uma merda!”, eu até dou certo benefício da dúvida por ser um som de difícil encaixe, a coisas como “Dream Theater não vale nada!”, só demonstram uma ignorância musical de grau superior!
Depois deste pequeno arejo, queria anunciar aqui em primeira mão a descoberta de um novo estilo de música. Como podem constatar através deste site, Plateia.pt, existem os habituais géneros, clássica, jazz, ópera, pop/rock… e agora existe também o D’ZRT… Tchrã!!! D’ZRT agora também é um estilo de música meus amigos! Já estou a imaginar aqueles jovens a iniciar as suas vidas amadoras numa garagem… “Ei Rocha! Bora fazer uma banda?… Tocamos D’ZRT Progressivo!” Enfim, depois querem que eu me cale!
Para finalizar gostava de apelar à compra do Jornal A Voz de Cambra, isto para os leitores valecambrenses, pois a edição deste mês possui uma entrevista à banda do meu irmão e também da terra, os Looney Tones que por acaso, até têm um som bastante original fugindo a rótulos já existentes no universo da música! Se o quiserem comprovar deixo aqui o link, pois eu sei que custa clicar ali ao lado!Looney Tones
(…)
Sendo a música um dos principais aspectos que molda a personalidade humana, achei que seria bastante provocatório pegar num assunto susceptível de uma calorosa discussão, gostos musicais e estilos de música.
Dentro de cada pessoa manifesta-se um vulto de musicalidade expressa de várias maneiras! Seja no modo como nos vestimos, seja tocando um simples instrumento ou ouvindo atentamente um certo tipo de som, o ser humano vê-se na música como que num casulo camuflado nas infinidades de uma floresta, longe de uma sociedade por vezes apodrecida.
É a música que muitas das vezes nos desliga do mundo exterior, nos suscita certas emoções, trazem-nos dolorosas ou graciosas recordações e nos provoca um misto de orgulho e devoção!
É depois desta pequena introdução que seguidamente me irei debruçar sobre o mais controverso e “inapreciável” estilo musical… Não! Errado! Não irei falar sobre aquela música popular portuguesa, o pimba, mas daquele estilo ruidoso, alvo de muitas críticas e dificilmente bem recebido pela comunidade, o Metal.
O Metal neste momento é o estilo com que me identifico mais, não que me ache metaleiro, pois dentro do meu cosmos musical existem muitas outras bandas e conceitos que me fazem não pertencer a tal, mas porque na generalidade é aquilo que ouço com mais frequência… e como é óbvio também não é por andar regularmente com uma t-shirt preta e uma pulseira preenchida com a mesma tonalidade que sou metaleiro, gótico ou “o pessoal” do metal como alguma da agremiação valecambrense me costuma alcunhar!
Confesso que há alguns anos atrás também eu não simpatizava com esse tipo de som, levado a crer, como muita gente pensa hoje, que metal só é bonito com a aparelhagem desligada, ou dentro do caixote do lixo mais próximo! Depressa percebi e depois de me serem apresentadas algumas bandas dentro do género que tinha uma opinião bastante desfigurada em relação ao estilo, pois por detrás daqueles gritos e berros outrora inaudíveis escondia-se um trabalho de execução musical de elevado nível, maior até que em muitas outras concepções musicais. De repente vejo-me com cds de Dimmu Borgir e Moonspell na mão, a ouvir os álbuns mais antigos de Paradise Lost do meu irmão, a vasculhar cassetes pertencentes ao mesmo, e pesquisar tudo o que fosse referente ao metal em geral!
Seja numa linha mais progressiva, numa componente mais negra, ou num simples hardcore, o metal está sempre bem patente nas várias bandas que ouço diariamente!
Deste modo, irei dar a minha respeitosa opinião sobre como é encarado o metal nos dias que correm! Opinião essa já manifestada, e talvez venha a ser muito semelhante àquela que proferi num blog vizinho Amarilis-Coisas, aquando o seu post sobre as tribos urbanas.
Por falar em tribos urbanas e começando até por aí! Esse foi o tema escolhido numa das edições, já há uns tempos atrás, do célebre programa de humor da dois, a revolta dos pastéis de nata. Revolta essa em que o mundo do metal foi novamente menosprezado e catalogado indirectamente como o pior grupo social em que insere actualmente a juventude. Muito por culpa da história que esse estilo musical ganhou nos seus primórdios, sendo caracterizado por muitos, um estilo invariavelmente agressivo e que apela à violência! Isto, dito por aqueles que se rogam a outras pragas musicais!
Nessa mesma revolta houve um sketch em que o carismático apresentador, Luís Filipe Borges o anunciou da seguinte forma: “Vamos agora ver um vídeo em que três amigos da margem sul se juntam para “fazer não sei o que”… (peço desculpa mas já não me lembro muito bem)
Digo sinceramente que quando ouvi o nome do local pensei para mim: “Eh pah, agora aparecem três tipos de raça negra a gamar o pessoal!”. O chamado grupo da revolução das ruas, o grupo do rap, do hip hop genuíno! E isto não é racismo, são dados estatísticos meus amigos… Penso que seja do conhecimento de todos que, em Lisboa a maior parte da criminalidade é realizada por indivíduos de raça negra e alguns arbítros de futebol da região! Por isso não venham cá com histórias se por momentos pareceu um comentário racial! Mas não, o vídeo mostrava, três indivíduos vestidos de preto (vá lá não errei por muito), bêbados, armados em mauzões, a verbalizar mal as palavras e a partir tudo e todos… Os apreciadores do metal! Foi isso que aconteceu nesse sketch!
Esta é infelizmente a imagem que a nossa sociedade têm da tribo que ouve metal! Imagem essa que o próprio estilo albergou há uns bons anos atrás! Mas já como dizia alguém que eu desconheço, os tempos mudam, e hoje em dia as coisas já não funcionam da mesma maneira… Existe muito civismo por parte da muita malta que ouve esse tipo de som! É óbvio que ainda existem aqueles que gostam de levar à letra a agressividade que muitas das bandas do género reflectem para o seu ouvinte, aqueles que parecem que necessitam da afirmação invariável do seu estilo, que careçam do reconhecimento dos outros! Ainda há dias, nas festas da minha terra, durante a passagem da procissão das velas, assisti aquilo que se pode chamar, o mau exemplo comportamental de um ouvinte de metal! Um rapaz pouco mais novo que eu, posicionado a poucos metros de mim, enquanto passava a descrita procissão estava a cantar parte de uma música de Slipknot… E estes momentos enfastiam-me, estes são aqueles que necessitam de andar com um rótulo colado à testa a dizer, “EU OUÇO METAL, NÃO SE METAM COMIGO”! Claro que no momento não pude deixar de brincar com a situação! Pena é as pessoas que estão fora desse mundo só olharem àquilo que se faz de mal neste espectro musical!
Concerteza existem bandas que mesmo que o Benfica fosse campeão eu era incapaz de ouvi-las! Mas isso existe em todos os estilos de música, tanto há bom som dentro de um género como há mau, até mesmo no pimba… Por muito que me custe admitir Tony Carreira é bom pimba! (aí que dói tanto dizer isto) Temos que saber reconhecer a arte que existe dentro de cada género! Talvez para muito do ouvinte comum, metal são uns gajos a berrar e pronto… acabou é merda e ponto final! Como já disse existe imensa qualidade de execução em muitas das músicas desse género, mais do que outros estilos musicais! Mas não, aquilo é só barulho, é novamente merda e ponto final! É desta forma que as pessoas fora desse movimento vêm esse “controverso e “inapreciável” estilo de música”! Barulho!
Agora é a velha questão, “Mas as pessoas que ouvem metal é que tem por norma maltratar os outros géneros de som!”. Para isso só há uma resposta possível: Deixem-se de criancices e comecemos a ser adultos de uma vez por todas! Quando brincamos, brincamos, quando estamos a falar a sério, estamos a falar a sério! Ok?
No meio disto tudo estou tranquilo acerca dos meus ideais! Como diz o meu grande amigo Fábio, estamos sentados numa poltrona a ver o resto do mundo passar… isto porque ouvimos Dream Theater, ou até mesmo Liquid Tension Experiment, e para aqueles que são minimamente entendedores de música, dispensando claramente apreciadores imutáveis da orbe tecno, porque esses criam música apartir dum sintetizador, saberão do que é que eu estou a falar! E isto não é narcisismo, e também não estou para aqui a dizer que os meus gostos musicais são os melhores do mundo, os melhores possíveis e imaginários, muito longe disso… Mas se a comentários como por exemplo, “Meshuggah é uma merda!”, eu até dou certo benefício da dúvida por ser um som de difícil encaixe, a coisas como “Dream Theater não vale nada!”, só demonstram uma ignorância musical de grau superior!
Depois deste pequeno arejo, queria anunciar aqui em primeira mão a descoberta de um novo estilo de música. Como podem constatar através deste site, Plateia.pt, existem os habituais géneros, clássica, jazz, ópera, pop/rock… e agora existe também o D’ZRT… Tchrã!!! D’ZRT agora também é um estilo de música meus amigos! Já estou a imaginar aqueles jovens a iniciar as suas vidas amadoras numa garagem… “Ei Rocha! Bora fazer uma banda?… Tocamos D’ZRT Progressivo!” Enfim, depois querem que eu me cale!
Para finalizar gostava de apelar à compra do Jornal A Voz de Cambra, isto para os leitores valecambrenses, pois a edição deste mês possui uma entrevista à banda do meu irmão e também da terra, os Looney Tones que por acaso, até têm um som bastante original fugindo a rótulos já existentes no universo da música! Se o quiserem comprovar deixo aqui o link, pois eu sei que custa clicar ali ao lado!Looney Tones
Saudações… E calem-me a vizinha do 2ºesquerdo que canta mal que se farta!
P.S: 10 de Dezembro estarei presente, possivelmente, no concerto de Opeth no Hardclub. Alguém da minha terra conhece Opeth!?