M&Ms – Mundiais e Mundialitos

Ora, era obrigação minha no final de um evento de tremenda dimensão, fazer um pequeno comentário àquilo que foi sem dúvida um mês de culto ao futebol, o Mundial. Podemos dar graças, pois a nós, Portugueses, nem nos correu nada mal. Na verdade o pior de tudo foi mesmo acabar num quarto lugar que, no meu ponto de vista até pode ser aceite, não pela qualidade de outras equipas, nomeadamente de equipas de arbitragem, mas sim à não admirável qualidade da nossa, pois todos nós sabemos que Portugal tinha uma boa selecção mas não era para alcançar voos altos, há que andar com os pezinhos bem assentes no relvado; ficamos assim só pelo o sonho de conquistar a tão desejada taça e respectivo primeiro lugar, se servir de consolo fomos considerados a selecção que praticou melhor futebol… o que não deixa de ser estranho, devido a diversas críticas vindas de certos alheios ditos desportistas. Por isso não vou estar aqui apontar culpas e desculpas mesmo que algumas dessas mereçam algum fundamento. Mas vou com toda a certeza fazer pequenos àpartes relacionados com especulações motivadas por muitos e condenadas por outros.

Começo por fazer uma breve avaliação à produtividade da nossa selecção. Sem estar a repetir-me muito, foi sem dúvida um grande mundial para os Tugas (é pah repeti-me!!). Mas podia ter sido melhor caso a nossa selecção não tivesse sido atropelada por adversidades disparadas por desesperados artistas, artistas esses por vezes totalmente dispensáveis ao futebol. Falo concretamente e sem papas na língua, de jornalistas e imprensa. Estes são nada mais, nada menos, os principais alimentadores de intrigas no futebol corrente. Já para não falar de treinadores maus perdedores, treinadores que mesmo antes ou depois de ganhar ou perder, transpiram determinismo e arrogância, jogadores que prevalecem na imaturidade e por outro lado, jogadores maduros que por momentos voltam a esse tempo tão inocente e ignóbil.

A nossa selecção pode-se queixar e bem dessas fatalidades, senão vejamos, sermos agressivamente acusados de ser a equipa que pratica o futebol mais duro e, sermos constantemente enxovalhados como mergulhadores natos, concerteza não terá sido bonito de se ouvir nas hostes da nossa selecção. Mesmo que em certas situações a análise seja acertada, esta conjectura levou com que a nossa equipa fosse vista como uns enganadores da cultura futebolística, o que provocou, na minha opinião a imparcialidade da dualidade de critérios utilizada por um senhor latino-americano no jogo com os Gauleses, e posteriormente por um asiático no jogo com os Alemães.

Podia também agora direccionar-me e atacar certos pilares importantes da nossa selecção, por exemplo o responsável pelas chuteiras do Figo, pois segundo fontes do jornal “O’Crime”, as mesmas podiam provocar febres perigosas, quebrando a total capacidade e qualidade desse grande jogador que agora nos abandona. E por falar em abandonos, é de fazer notar a retirada de Pedro Pauleta que, infelizmente ficará para sempre nos quadros de ouro da história da selecção. Já imagino-me velhinho, sentado no banco de jardim da minha vila, a ouvir comentários néscios de miúdos ignorantes a dizer: “Aquele Pauleta é que era, ele sim, é melhor jogador português de sempre!... Tantos golos!!”… Tantos golos contra o Luxemburgo, Liechtenstein, novamente contra o Liechtenstein, umas voltas por “Andorra”, pelo o meio dois golos contra a Holanda, três contra a Polónia no Mundial Coreia/Japão (xii.. ele jogou em condições numa fase final de uma competição a nível de selecções… fabuloso)… etc. Vai-me doer um bocadinho!

Voltando ao presente recente, e já conhecendo a concretização do novo contrato com o Scolari, espero meramente que perante esta falha ofensiva e para além de chupar dinheiro aos portugueses, dê uma abébias ao Nuno Gomes que, apesar de já não ser um jovem, tem a classe que faltou muitas das vezes a um Pauleta desventurado no nosso ataque; não só de pão vive o homem, como um avançado não vive só à custa de golos, é preciso técnica, toque de bola, segurança de passe, movimentação, e estes são atributos que dantes intitulado “Ciclone dos Açores” nunca me conseguiu incutir… parece que o Sr. Scolari nunca teve dúvidas.

Acontecimento marcante do Mundial, além das defesas do Ricardo, dos mergulhos constantes do Cristiano Ronaldo e da valente conferência de imprensa de Riberry, foi a espetacular pega efectuada por Materazzi ao Zidane, digna de uma nobre corrida de touros em Portugal, vá sem ver… sem ver… à sorte… Barrancos!! Falando agora um pouco mais seriamente deste episódio, não que as corridas de touros em Portugal não seja um assunto sério, pois se existem tradições parvas no nosso país, não hesito em concluir que esta será uma delas… Mas até certo ponto compreendo a reacção de Zidane, pois o que o Materazzi pronunciou é de uma insensatez descomunal. Segundo tradutores labiais da redacção dos Margalhos, Materazzi terá dito a Zidane que este acabaria a sua carreira no Benfica, de tal forma que é bastante compreensível o impulso animalesco do jogador francês, eleito pela a FIFA o melhor jogador do evento; mais uma das muitas ironias deste Mundial.

Para aqueles que queiram mostrar a sua solidariedade para com o Zidane, joguem destemidamente este videojogo belíssimo que consiste em agredir o maior número de vezes o defesa central Transalpino.

link: Headbutts with Zinedine Zidane

Eu consegui um valor máximo de 34 cabeçadas… realmente fantástico, gosto do sonoro!

Para finalizar a parte sobre o mundial, dou os sinceros parabéns à Itália, vencedor do Mundial Alemanha 2006. Mas como as coisas andam um bocadinho feias para os lados dos italianos, acredito plenamente que tenham que abdicar do troféu por possível princípio de fraude futebolística, envolvendo a expulsão do Zidane por um amigável acordo duvidoso em parceria com a FIFA, na tentativa de trocar o prémio de melhor jogador pela a vitória no Mundial. Deste modo Portugal seria campeão na secretaria, pois além de retirarem o troféu à Itália e pertenço segundo lugar à França, descobriam também que Schweinsteiger acusara positivo nos testes feitos à urina antes do jogo com Portugal. Assim Gilberto Madail teria uma desculpa válida para pedir o não pagamento de impostos sobre os prémios dos jogadores… Campeões do Mundo e tal, podia ser que colasse.

Passando agora para pequenos mundiais, os mundialitos. As principais equipas da Primeira Liga já estão há alguns dias a desenvolver as suas pré-temporadas. O Benfica, por exemplo, para não ser tão repetitivo deslocou-se para a Suiça, levando consigo a esperança de todos os benfiquistas: Rui Costa, apontado como o Dão Sebastião ou Filho Pródigo que aparece ao fim de 13 anos com o objectivo de devolver a mística do Benfica, mística essa que ele próprio levou consigo para a sua odisseia em Itália. De tal forma, sendo ele um jogador de classe extrema e de uma educação invejável trouxe consigo aquilo que levara emprestado durante uns anos. È belo vê-lo de novo nos nossos relvados.

Para finalizar este meu post dedicado exclusivamente ao movimentador de massas que é o Futebol. Uma boa notícia para conterrâneos vizinhos, o facto de Jorge Gabriel, o mítico apresentador de televisão, iniciar a sua carreira de treinador ao serviço do Arouca, desta feita a treinador adjunto; tornando assim possível a ambição de um dia vir a treinar o Sporting Clube de Portugal, clube de coração. Penso efectivamente que exista muita gente também ambicionar por esse dia. Mas isto dá-me um grande alento, vendo estas novas transmutações, posso assim também tornar realizável o sonho de um dia vir a treinar o Glorioso, pois não são necessários muitos cursos para chegar à conclusão que o Beto não é jogador para o Benfica.

Umas Honrosas e Sinceras Saudações

A Gerência…